quinta-feira, 17 de março de 2011

Tremor mais forte da história do Japão gera tsunami no Pacífico


Pelo menos 23.000 pessoas seguem isoladas nas áreas mais afetadas pelo terremoto seguido pelo tsunami que devastaram o norte do Japão na semana passada. Para piorar, as más condições meteorológicas dificultam as operações de resgate. As informações foram divulgadas pelo Escritório de Ajuda Humanitária da ONU (OCHA), conforme relatos enviados pelo gabinete do primeiro-ministro japonês e outras fontes oficiais do país.

A OCHA informou que existe uma grande quantidade de ajuda humanitária destinada ao país, mas o maior problema é fazê-la chegar às 430.000 pessoas que perderam suas casas pelas catástrofes da última semana. A Agência Nacional de Meteorologia revisou seu cálculo da altura que alcançou a maior onda, após comprovar que ela chegou a medir 15 metros na zona de Miyagi. É o dobro da estimativa anterior.

Em seu relatório diário sobre a situação no Japão, a OCHA assinala que "a falta de gasolina está dificultando a distribuição da assistência a cada centro de evacuação". Além disso, o organismo menciona que a preocupação é crescente a respeito da saúde dos evacuados, particularmente pela falta de provisões médicos e dos problemas de calefação.

Mortos - As autoridades do Japão elevaram para 5.178 o número de mortos e para 8.606 o de desaparecidos em consequência do terremoto e do tsunami, segundo o último boletim oficial divulgado nesta quinta-feira pela polícia. No entanto, acredita-se que o número final de vítimas ainda pode aumentar em alguns municípios das províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima, onde milhares de pessoas seguem desaparecidas.

Mais de 100.000 militares e reservistas japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, vasculham a zona devastada na busca por sobreviventes soterrados sob os escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de dez metros de altura.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sudão entre guerra e paz

Comunidades e Orkut 


Depois de vinte anos de conflitos o Norte e o Sul do país assinaram um acordo de paz. Um importante passo que corre o risco de ser anulado pelo conflito em Darfur

Refugiados de Darfur no Chade

Um longo conflito que se conclui, um outro que deflagra: para o Sudão estes são meses cruciais, meses em que o grande Estado africano, atormentado por mais de vinte anos de guerra civil entre o Norte e o Sul, talvez tenha a ocasião para reencontrar a paz ou afundar ainda mais na barbárie. Resumindo: no dia 9 de janeiro, em Nairobi, no Quênia, o líder dos rebeldes do Spla (Exército de Libertação do Povo Sudanês), John Garang, e o vice-ministro de Cartum, Ali Osman Taha, assinaram um acordo que acaba com um conflito que, de 1983 até hoje, causou cerca de dois milhões de mortos e seis milhões de refugiados. Um acordo acompanhado há muito tempo pela comunidade internacional, particularmente pela ONU e a União Africana que, depois de anos de pressões, obrigaram as partes a sentarem-se à mesa e chegarem a um compromisso. Substancialmente, os acordos de Nairobi sancionam a repartição do Sudão em duas áreas geopolíticas distintas, Norte e Sul, que terão cada uma um governo e exército próprio, mas continuarão a fazer parte de uma mesma nação. Isso acontecerá por um período de transição de seis anos, depois disso o Sul deverá decidir se quer ou não separar-se do Norte. Mas o ponto chave que desencadeou a verdadeira batalha são as royalty sobre os lucros do petróleo, que é abundante no subsolo do Sul e que foram divididos em 50% entre Norte e Sul. Um fio de esperança que não causa ilusões. A paz ainda não se firmou no país, tanto pelo acordo que deve sustentar as viradas dos frágeis equilíbrios geopolíticos africanos, quanto pelo problema do oeste do país, na região de Darfur, onde estourou um conflito mais recente do que o entre o Norte e o Sul, mas não menos sangrento, com um progressivo aumento das tensões que faz com que o acordo alcançado em Nairobi torne-se mais precário.

Uma precariedade que é bem clara aos que viram de perto os horrores desta guerra, os quais, justamente por isso, vêem a reconciliação entre o Norte o Sul com um misto de alívio e de prudência.
“Em outras ocasiões já foram feitas negociações e acordos... porém desta vez parece diferente”, explica o padre Fernando Colombo, comboniano que está há 25 anos da África e há três anos presente na diocese de Rumbek, no coração do Sul do Sudão, auxiliando o bispo local: “A população acolheu os acordos entre o Norte e o Sul com grande alegria e grande esperança. Certamente é preciso ver se serão respeitados. Porém o fato novo é que a Comunidade Internacional parece seriamente intencionada a levar adiante o processo de paz: uma novidade que leva a certo otimismo e dá uma certa garantia”. Também o padre Renato Kizito Sesana acolheu com alívio a assinatura do acordo de paz. Padre Kizito, também comboniano, é um profundo conhecedor do Sudão: por muitos anos, durante a guerra, introduziu-se no Estado para chegar às populações locais, às vezes de maneira rocambolesca, sendo persona non grata tanto ao governo do Norte como ao chefe dos rebeldes do Sul. Destas viagens e dos inesperados encontros com o povo sudanês escreveu suas memórias formando um belíssimo livro. Pelo telefone não esconde suas perplexidades: “Infelizmente este acordo apresenta vários lados obscuros: é ponderoso, devido a uma série de cláusulas que o tornam confuso e de difícil aplicação. E não se entende bem como a comunidade internacional conseguirá vigiar o respeito de todas essas cláusulas. Enfim a própria estrutura do acordo indica que a paz foi imposta externamente, e não por vontade dos que assinaram. Claro, chegou-se a um acordo sobre a liberdade de religião, mas não está previsto um processo de democratização interno, nem no Norte nem no Sul.

Com efeito, se no Norte está em vigor um regime autoritário, é verdade também que, no Sul, John Garang esmagou todas as oposições internas e marginalizou os outros movimentos de libertação que não concordavam com seus desígnios”. Enfim, os acordos de Nairobi talvez sejam mais um ponto de partida do que de chegada, mas em todo caso é um início. Um bom início.

A assinatura dos acordos de paz entre o Norte e Sul do Sudão em Nairobi

Uma guerra que dura 20 anos
Um lugar-comum, argumentado entre analistas, observadores internacionais e a mídia, explica o conflito entre o Norte e o Sul do Sudão como uma guerra entre o Norte árabe e muçulmano e o Sul animista e cristão.

CRISTÃOS JÁ SENDO CHAMADOS DE TERRORISTAS

O FBI diz ter ter prendido membros de uma milícia cristã chamada Hutaree, que se dizem "guerreiros cristãos", e que estavam treinados para fazer bombas e usar armas e estariam se preparando para matar policiais, colocar bombas em um funeral e outros ataques, com o intúito de fomentar um violento levante contra o governo. Os suspeitos foram presos em Michigan, Indiana e Ohio.

A promotora Barbara McQuade disse que "o que está em foco são suas condutas e não sua religião. e o que eles falam é ser bem anti-governo". McQuade disse também: "Eles temem esta "nova ordem mundial"e eles pensam que é sua tarefa lutar contra o governo, o governo federal em particular". Muito conveniente não, agora qualquer cristão que é consciente da nova ordem mundial será suspeito?

De acordo com a Associated Press, no site do Hutaree apresentava várias passagens da bíblia e declarava que "Nós acreditamos que um dia, como a profecia diz, haverá um anti-cristo... Jesus queria que nós estivéssemos prontos para nos defender usando a espada e permanecer vivos usando equipamentos"

Não sei se vocês lembram em maio do ano passado quando o jornal britânico Telegraph postou em seu site na internet uma série de quadrinhos anônima chamada BlackJack, onde cuja um suposto ataque terrorista aconteceria em 21 de junho (sem referir a nenhum ano) com bombas atômicas em 5 diferentes cidades nos EUA, Canadá, Inglaterra e México e o qual seria responsabilizado um grupo de cristãos e muçulmanos radicais. Isto seria seguido por um ataque dos EUA contra vários países, a criação da União da América do Norte e a prisão de milhares de pessoas em campos de concentração. Seguidos pela chipagem obrigatória de todos os cidadãos. Enfim, o pior pesadelo de todo teórico da conspiração.

Achei curioso que de certa forma a realidade repete a "arte".

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fim dos Tempos



Hamas ameaça Israel com guerra religiosa


A Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas e o Movimento Palestino de Resistência Islâmica, Hamas, liderado por Ismail Haniya, levantaram a hipótese de guerra religiosa contra Israel. Os dois grupos estão de relações rompidas.


Abbas tem o domínio da Cisjordânia e Haniya da Faixa de Gaza, o menor segmento da região, que pretende vir a ser a área de um futuro Estado palestino independente. Mas a ameaça decorre de decisão do governo de Israel de incluir em sua lista de patrimônio nacional dois túmulos situados em áreas sob domínio palestino.


Na cidade de Hevron está a sinagoga-mesquita sobre os túmulos de Abraão, Isaac, Jacó, Sara, Rebeca, Lea, patriarcas e matriarcas do povo de Israel. Nas proximidades de Belém da Natividade, o túmulo de Rachel, a mulher amada de Jacó segundo a narrativa biblica. A alegação palestina é a de que também são sagrados para os muçulmanos e cristãos, logo não podem entrar em lista de monumentos nacionais judeus.


Nir Hefetz, do Diretório de Informações do governo de Israel, qualificou a atitude de ambos de “campanha hipócrita pois o Estado de Israel tem o compromisso de liberdade da prática religiosa” e “além do mais, são túmulos dos ancestrais do povo de Israel como reconhecidos no Velho Testamento e até mesmo no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos.”


Os judeus descendem da tribo de Judá, que juntamente com a de Benjamin era parte das 12 tribos que, segundo a narração bíblica, livraram-se da escravidão no Egito escapando para o deserto de Sinai e ocuparam Canaã, a Terra Prometida. Dez delas desapareceram da história.


O governo explicou que as verbas são para realização de obras de recuperação “necessária há muito tempo, os túmulos já completaram 3.500 anos de existência”. Os sírios juntaram os seus protestos aos dos palestinos declarando que a decisão “é uma continuação da política de judaizar os territórios palestinos ocupados”.